PESQUISAR NESTE BLOG

10 de dezembro de 2019

MINAS GERAIS MOSTRA COMO SE PLANEJA UM SISTEMA DE ÁREAS PROTEGIDAS EM ESCALA ESTADUAL

Mapa de Síntese das Áreas Prioritárias de Minas Gerais – Versão 2005


Equipes do Instituto Estadual de Florestas (IEF) estão reunidas em Belo Horizonte entre os dias 4 e 6 de dezembro para a etapa de finalização do projeto "Áreas Prioritárias - Estratégias para a Conservação da Biodiversidade e dos Ecossistemas de MG". O trabalho vai definir o mapeamento das regiões mais relevantes para preservação ambiental em Minas Gerais.

O mapeamento das áreas prioritárias atualizará o documento “Biodiversidade em Minas Gerais: Um Atlas para sua Conservação”, elaborado em 2005. O projeto é um instrumento de gestão territorial que utiliza critérios técnicos, com a participação de especialistas e da sociedade civil, para definir conjuntos de áreas nos quais há maiores margens de retorno aos esforços de gestão ambiental. O trabalho orientará a rotina de decisões do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema) na gestão ambiental em Minas Gerais, com dados georreferenciados, confiáveis e de alta qualidade. O projeto permitirá a produção de informações espaciais para subsidiar políticas públicas como a ampliação da rede de áreas protegidas, criação de corredores ecológicos, restauração e fomento florestal, revitalização de recursos hídricos, pesquisa, educação ambiental entre outros.

A definição das áreas envolveu as organizações não governamentais World Wide Fund for Nature (WWF) e Fundação Biodiversitas, além da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O trabalho foi feito nos últimos 14 meses com a ajuda de 200 profissionais de diversas áreas.O diretor-geral do IEF, Antônio Augusto Melo Malard, explica que o trabalho subsidiará as ações do Estado, sociedade civil e setor produtivo nos próximos anos. “A atualização também abre caminho para atualização de outros estudos como o ZEE (Zoneamento Ecológico Econômico)”, explica.

A coordenadora geral do projeto pela World Wide Fund for Nature(WWF), Paula Valdujo, afirma que para cada espécie foi feito um levantamento que foi validado e, posteriormente, gerado o mapeamento da sua ocorrência. “Especialistas da UFMG fizeram o levantamento e a validação em campo”, observa. A integração das áreas para a definição das prioridades permitirá listar as ações de conservação. “O mapa será a primeira orientação para que os especialistas de cada setor definam suas políticas”, afirma Paula Valdujo.

Entre os dados coletados para o trabalho, a equipe envolvida no projeto reuniu informações sobre ecossistemas, áreas de mananciais, invertebrados, peixes, mamíferos, anfíbios e outras espécies. O resultado lançará um olhar sobre as bacias e rios livres, a conservação das áreas de drenagem e ecossistemas aquáticos.

A oficina é a sequência de uma consulta pública que foi realizada para receber contribuições da sociedade. Anteriormente, foram realizadas quatro etapas de discussão, validação e consolidação dos resultados. Todo o conteúdo será submetido ao Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam). Ao final, os mapas e produtos serão disponibilizados na página do IEF na internet, no endereço www.ief.mg.gov.br
Emerson Gomes - Ascom/Sisema
Fonte: IEF  - Oficina do IEF realiza atualização de Atlas de Áreas para Conservação - clique  aqui 



Biomas do Estado de Minas Gerais