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4 de dezembro de 2016

As Unidades de Conservação Federais no Estado do Rio de Janeiro merecem uma revisão.


 
O Estado do Rio de Janeiro possui diversas unidades de conservação federais, criadas em distintos contextos históricos. Na atualidade, é necessário proceder uma revisão em conjunto, visando potencializar a conservação da biodiversidade e possibilitar o aumento da receita, a consolidaçao do uso público e a geração de emprego e renda.

Sugestões:

(1) Transformar a Reserva Biológica do Tinguá em Parque Nacional, pois não faz sentido ter uma reserva biológica em uma região metropolitana com enorme demanda de recreação, acossada por traficantes e caçadores. Quanto mais pessoas visitarem os locais certos, menos problemas. Merece o status de Parque Nacional;  

(2) Converter as Reservas Biológicas União e de Poço das Antas no Parque Nacional do Mico-Leão Dourado, prevendo a incorporação de novos fragmentos ao parque, incluindo o segmento de baixo curso do rio São João, que tem alto potencial de uso público. O Vale do Rio são João merece este destino turístico. Com este nome, atrairá muitos visitantes sem prejudicar a recuperação das populações dos micos, gerando receitas para serem aplicadas no projeto.    

(3) Incorporar a Estação Ecológica de Tamoios ao Parque Nacional da Bocaina, abrindo um leque excepcional de área marinhas para recreação e lazer;

(4) Municipalizar ou estadualizar a ARIE da Cicuta e estadualizar a APA Petrópolis;

(5) Criar a APA Marinha das Baias de Ilha Grande e Sepetiba, como fez o estado de São Paulo para, através do zoneamento do espaço marinho e do litoral, ordenar os usos, reduzir conflitos e degradação e impor liderança de gestão, antes que se tornem Baias da Guanabara. Este passo é fundamental para equacionar diversos impactos ambientais e sociais causados pela construção da BR 101, passivo federal que demanda ser resolvido;

(6) Implantar o Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, situado defronte ao espaço marinho que mais gera compensações ambientais no Brasil - a Bacia de Campos - e que recebe investimentos irrisórios;   

Aproveito para parabenizar a gestão do Parque Nacional da Tijuca e da APA de Guapimirim, esta última, quiçá ,a APA mais bem administrada do Brasil.