O Estado do Rio de Janeiro possui
diversas unidades de conservação federais, criadas em distintos contextos históricos.
Na atualidade, é necessário proceder uma revisão em conjunto, visando
potencializar a conservação da biodiversidade e possibilitar o aumento da
receita, a consolidaçao do uso público e a geração de emprego e renda.
Sugestões:
(1) Transformar a Reserva Biológica do
Tinguá em Parque Nacional, pois não faz sentido ter uma reserva biológica em uma
região metropolitana com enorme demanda de recreação, acossada por traficantes
e caçadores. Quanto mais pessoas visitarem os locais certos, menos problemas. Merece o status de Parque Nacional;
(2) Converter as Reservas Biológicas
União e de Poço das Antas no Parque Nacional do Mico-Leão Dourado, prevendo a
incorporação de novos fragmentos ao parque, incluindo o segmento de baixo curso
do rio São João, que tem alto potencial de uso público. O Vale do Rio são João merece este destino turístico. Com este nome, atrairá muitos visitantes sem prejudicar a recuperação das populações dos micos, gerando receitas para serem aplicadas no projeto.
(3) Incorporar a Estação Ecológica de
Tamoios ao Parque Nacional da Bocaina, abrindo um leque excepcional de área
marinhas para recreação e lazer;
(4) Municipalizar ou estadualizar a ARIE
da Cicuta e estadualizar a APA Petrópolis;
(5) Criar a APA Marinha das Baias de
Ilha Grande e Sepetiba, como fez o estado de São Paulo para, através do zoneamento
do espaço marinho e do litoral, ordenar os usos, reduzir conflitos e degradação e impor
liderança de gestão, antes que se tornem Baias da Guanabara. Este passo é
fundamental para equacionar diversos impactos ambientais e sociais causados pela
construção da BR 101, passivo federal que demanda ser resolvido;
(6) Implantar o Parque Nacional da
Restinga de Jurubatiba, situado defronte ao espaço marinho que mais gera
compensações ambientais no Brasil - a Bacia de Campos - e que recebe
investimentos irrisórios;
Aproveito para parabenizar a gestão do
Parque Nacional da Tijuca e da APA de Guapimirim, esta última, quiçá ,a APA mais
bem administrada do Brasil.